Entre as ruelas de Copenhaga a Jamaica, debaixo de um viaduto molhado e com o pecado mesmo ao lado entrei na caixa da música nacional, tendo sido levado por uma viagem única de rock alternativo português.
Lá fora, o Cais era frio para os MARinheiros que ansiava descobrir, mas mais fria parecia a entrada em pedra escondendo o calor que estava prestes a encontrar no interior do MusicBox.
Desconhecia o local que se afunda até chegar ao palco, mas que bem que se está debaixo da ponte. Blábláblá foram a entrada servida a metanfetaminas e nem todas as palavras que eu conheço servem para descrever o som doido e poderoso provindo de Esposende.
Referência para a observação Alucina: “é a primeira vez que temos na assistência uma criança no ventre”. É mentira, eu também a tinha, pois ver crescer esta força foi como sentir os pontapés desenfreados do urgente rock alternativo nacional dentro da barriga.
Depois de mais uma dose de alucinógenos, nada melhor do que passar o final da noite com A estranha. Esta personagem sinistra começa a tornar-se cada vez mais próxima com a sua forte e vincada presença. Não a consigo evitar, sou obrigado a reparar nela, a sua beleza de voluptuosa senhora da noite é cada vez mais apetecível e as suas ternas palavras carnais rasgam-me em mil expressões diferentes.
Depois destes MARinheiros Blábláblá, Alucina e A estranha, saio novamente para a rua fria e molhada à espera do próximo prostíbulo onde os possa encontrar.